Mônica Correia Baptista (Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG), Renata Nakano (editora) e Cyntia Graziella Guizelim Simões Girotto (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Marília) Cinthia Magda Fernandes Ariosi (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Presidente Prudente).
Desde que nasce, vamos inscrevendo a criança no universo simbólico. Gestos e balbucios, inicialmente desprovidos de significados, vão, pouco a pouco, se constituindo em atividades simbólicas, a partir das interações que se estabelecem entre bebês e sujeitos mais experientes. As cantigas de ninar, parlendas, jogos de rimas são atividades que promovem construções de sentidos compartilhados. Essa literatura de tradição oral representa uma das primeiras linguagens literárias com a qual as crianças entram em contato. A medida que ampliam suas experiências com a cultura escrita, bebês e demais crianças pequenas vão podendo, cada vez mais, se apropriar da linguagem dos livros e do próprio livro como produto cultural. Considerando os bebês e as demais crianças menores de seis anos de idade, algumas questões, entre outras, poderiam ser suscitadas: Como a literatura oral vem sendo trabalhada nas instituições de educação infantil? Que livros são adequados para crianças que ainda não leem nem escrevem convencionalmente? Que práticas de leitura seriam adequadas a cada uma das faixas etárias que compõem a primeira infância? Como a educação infantil se relaciona com a literatura? Como deveria se relacionar? Como o mercado editorial tem se comportado em relação à produção para essa faixa etária? Como se caracteriza a literatura brasileira para bebês e demais crianças menores de seis anos? Que tendências podemos perceber, no processo de sua constituição? As bibliotecas e outros espaços culturais têm se dedicado aos pequenos leitores? Que projetos ou atividades vêm sendo desenvolvidos nesses espaços com o intuito de apoiar a formação do pequeno leitor? Vêm sendo implantadas políticas públicas que favoreçam o acesso dessas crianças ao universo literário? Como elas se caracterizam? Que ações, projetos ou programas de formação profissional vêm sendo efetivados e como eles se estruturam? Tais questões procuram nortear e sustentar as propostas de comunicação científica de pesquisas que se debruçam sobre a problemática esboçada para, o aqui delineado, eixo ‘Literatura infantil para crianças menores de seis anos’, cujas ações advogam a favor de uma Educação Literária desde a Primeira Infância.