Leitura
desconstrucionista do mapa
A abordagem crítica sobre o mapa mais difundida
no Brasil está no livro A Geografia –
isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra,
de Yves Lacoste (2003 [1985]). Segundo o autor, é
impossível dissociar mapa e Geografia, de forma
que ele pensa o espaço a partir das possibilidades
de mapeamento. Para Lacoste o espaço é
formado por aquilo que é possível de ser
mapeado, o que para ele são basicamente os objetos(42);
analisar o espaço é analisar como os objetos
são distribuídos/organizados no território.
As relações destacadas por Lacoste são
basicamente a estratégia e o poder segundo essa
distribuição/organização.
Os mapas são ferramentas através das quais
os diferentes agentes planejam sua intervenção
no espaço. Através desta visão,
Lacoste propõe a existência de duas Geografias:
a Geografia dos professores e a Geografia dos estados-maiores.
A primeira Geografia é ilustrativa, serve como
forma de camuflagem para a segunda, a qual é
fundamentada nas estratégias de ação
no espaço pelo Estado e pelas empresas. Mapas,
poder e estratégia são elementos principais
no discurso de Lacoste. A ênfase no mapa e na
estratégia pode ser vista neste trecho em que
ele enfatiza o ensino da Geografia:
Vai-se
à escola para aprender a ler, a escrever
e a contar. Por que não para aprender a ler
uma carta? Por que não para compreender a
diferença entre uma carta de grande escala
e uma outra em pequena escala e se perceber que
não há nisso apenas uma diferença
de relação matemática com a
realidade, mas que elas não mostram as mesmas
coisas? Por que não aprender a esboçar
o plano da aldeia ou do bairro? Por que não
representam sobre o plano de sua cidade os diferentes
bairros que conhecem, aquele onde vivem, aquele
onde os pais das crianças vão trabalhar
etc.? Por que não aprender a se orientar,
a passear na floresta, na montanha, a escolher determinado
itinerário para evitar uma rodovia que está
congestionada? (LACOSTE, 2003 [1985], p.55).(43)
Na
obra de Lacoste (2003 [1985]) a ligação
entre poder e Geografia se dá pelo uso do mapa,
indispensável para a Geografia dos estados-maiores.
Ele afirma que esta Geografia deve ser ensinada na escola
como forma de libertação através
do conhecimento do espaço e das possibilidades
de nele interferir.
Outra forma crítica de pensar o mapa é
o princípio de que todo mapa apresenta um discurso.
Joly (2004 [1985]), apesar de apresentar no início
de seu trabalho uma conceituação extremamente
técnica do mapa e da Cartografia, faz menção
à função discursiva do mapa. Também
fazendo referência ao trabalho de Lacoste, o autor
aborda a importância do mapa na ação
e planejamento espacial. O autor escreve que:
Mensagem
intelectual tanto quanto documentário, traço
de união entre um autor e um leitor, o mapa
não é neutro. Ele transmite uma certa
visão do planeta, inscreve-se num certo sistema
de conhecimento e propõe uma certa imagem
do mundo, quer se trate da Terra inteira ou do meio
ambiente imediato. (JOLY, 2004 [1985], p.10).
No
final da década de 1980 e início da década
de 1990, principalmente na literatura anglo-saxônica,
ampliou-se a discussão sobre natureza subjetiva
e retórica do mapa. Um dos precursores dessa
discussão foi J. Brian Harley com seu artigo
Deconstructing the map, publicado na revista
Cartographica em 1989. Harley (1989) propõe uma
leitura da natureza da Cartografia a partir da concepção
do mapa como uma construção social. Com
base principalmente nas obras de Derrida e Foucault,
o autor propõe a desconstrução
do mapa através da análise de sua textualidade
e de sua natureza retórica e metafórica.
Harley afirma que as análises conceituais usuais
da história da Cartografia se baseavam em fundamentos
filosóficos que estabeleciam uma leitura pré-moderna
ou então moderna do tema e por isso era necessário
desenvolver uma análise a partir de fundamentações
filosóficas que permitissem uma leitura pós-moderna.
Para isso, Harley afirma que a estratégia de
desconstrução seria a chave. O autor apresenta
a desconstrução como “tática
para romper a ligação entre realidade
e representação que tem dominado o pensamento
cartográfico. [...] o objetivo é sugerir
que uma epistemologia alternativa, baseada mais
na teoria social do que no positivismo científico,
é mais apropriada para a história da Cartografia.”
(p.02, grifo nosso).
Da teoria de Foucault, Harley (1989) utiliza, para o
processo de desconstrução do pensamento
cartográfico, a idéia da “onipresença
do poder em todo o conhecimento, mesmo sendo o poder
invisível ou implícito, incluindo o conhecimento
particular codificado nos mapas e atlas.” Das
idéias de Derrida ele toma a presença
de retórica em todos os textos, o que “demanda
uma busca por metáfora e retórica em mapas
que antes os pesquisadores encontravam somente medidas
e topografia.” (p.03). Neste sentido, o mapa é
visto como um texto a partir da compreensão de
que “‘o que constitui um texto não
é a presença de elementos de lingüística,
mas o ato de construção’, sendo
assim os mapas, como ‘construções
que empregam um sistema de signos convencional’,
tornam-se texto”. (p.07). Os mapas são
artefatos culturais. A partir desses princípios
o autor propõe que a desconstrução
do mapa é uma forma de leitura que
nos
leva a ler nas entrelinhas do mapa – “nas
margens do texto” – e, através
de suas figurações, a descobrir
os silêncios e as contradições
que desafiam a aparente honestidade da imagem.
Começamos a aprender que os fatos cartográficos
somente são fatos dentro de uma perspectiva
cultural específica. Começamos a entender
como os mapas, assim como a arte, longe de serem
“uma abertura transparente para o mundo,”
são, no entanto “uma maneira particular
do homem.... olhar o mundo.” (Harley, 1989,
p.03, grifo nosso).
Neste
contexto, a Cartografia é conceituada pelo autor
como “um discurso – um sistema que dispõe
de um conjunto de regras para a representação
do conhecimento intrínseco às imagens
que definimos como mapas e atlas.” (p.12). O autor
apresenta duas formas de poder na Cartografia: a externa
e a interna. Por poder externo ele entende o poder exercido
por alguém sobre o mapeamento; não é
o poder intrínseco ao mapa e ao mapeador, mas
sim o poder que é fruto da demanda do contratante
para quem o mapa é elaborado. Já o poder
interno é o poder próprio do mapa, exercido
a partir da seleção e hierarquização
dos elementos representados. (HARLEY, 1989). Podemos
concluir que esses dois poderes são indissociáveis,
pois só a partir do poder interno é que
o poder externo pode existir, já que é
o tratamento das técnicas e dos elementos representados
que possibilita diversas expressões de um mesmo
espaço.
Harley afirma que esta proposta de desconstrução
do mapa possibilita três análises na história
da Cartografia. Primeiro, permite desmitificação
da Cartografia e do mapa como objetivos, refletores
de uma visão exata da realidade. Segundo, permite
a revisão da importância histórica
do mapa. Por fim, permite que a história do mapa
ganhe espaço na leitura interdisciplinar do texto
e do conhecimento. (HARLEY, 1989). Através da
estratégia de desconstrução o autor
demonstra que os mapas tidos como “científicos”
“não são somente produtos das ‘regras
da geometria e da razão’, mas também
são produtos de normas e valores da tradição
social....’” (p.02). Harley se posiciona
assim de forma crítica à concepção
do mapa como objetivo e inquestionável.
Os princípios da desconstrução
do mapa apresentados por Harley estabelecem uma abordagem
crítica do mapa, que Cramptom e Krygier (2006)
consideram ser a base de uma Cartografia Crítica.
As proposições sobre o caráter
discursivo, retórico e da subjetividade do mapa
não devem ser compreendidos como argumentos para
não utilizá-lo, mas o contrário,
são reforçadores de sua eficácia
para a análise baseada na teoria social crítica.
A abordagem crítica do mapa propõe que
não é verdadeira a suposta ligação
direta e indissociável do mapa com o positivismo,
de forma que o mapa não é sua elaboração
exclusiva. As características de um mapa dependem
do seu autor, pois é ele quem possui um método
de investigação. O mapa é a representação
do mundo segundo a visão do seu autor, e por
isso é uma elaboração útil
a todas as correntes teóricas da Geografia. Para
a Geografia Crítica, deve ser compreendido como
mais uma forma de discutir as desigualdades socioespaciais
e tentar alterá-las. A leitura desconstrucionista
do mapa é mais uma justificativa para afirmarmos
que o mapa é um instrumento indispensável
na elaboração do conhecimento geográfico
e permite relacioná-lo diretamente aos fundamentos
da Geografia Crítica.
Na mesma corrente de análise crítica do
mapa, Monmonier (1991), no livro How to lie with maps,
afirma que todo princípio cartográfico
envolve “mentiras”(44) , pois desde
a representação do terreno tridimensional
em uma folha de papel bidimensional existiria uma “mentira”.
O autor apresenta três origens de “mentiras”
do mapa: a “mentira” necessária,
intrínseca às limitações
técnicas, como a representação
do tridimensional em um plano bidimensional; a “mentira”
com finalidades políticas, quando é intencional
(na verdade, intencionalidade); e a “mentira”
por erro do mapeador, agravada com o advento dos sistemas
informatizados de elaboração cartográfica.
O autor afirma que “mapas, assim como discursos
e pinturas, são coleções de informações
criadas por um autor e são sujeitos a distorções
provocadas por ignorância, ganância, ideologia
ou malícia.” (p.02). A partir deste pressuposto
o autor explora temas como escala, cores, projeção
e símbolos para analisar como eles podem influenciar
no resultado final de um mapa. As considerações
de Monmonier apontam para as diversas possibilidades
de elaboração textual do mapa. Para o
autor os mapas não devem ser nem mais nem menos
confiáveis do que as palavras. Unindo teoria
e técnica, Monmonier consegue mostrar em seu
livro todas as particularidades do processo de mapeamento
em que é possível haver a escolha; expressar
intenções. Ele demonstra quão reais
são as considerações de Harley
(1989). O livro de Monmonier pode ser considerado um
exemplo de como o mapa e a Cartografia devem ser discutidos
a partir da inseparabilidade entre técnica, teoria
e método.
Em seu livro Maps and Politcs, Jeremy Black (1997) realiza
uma análise do mapa a partir de seu papel na
política. Enfatizando o caráter político
da elaboração cartográfica o autor
contesta a objetividade do mapa e afirma que “a
aparente ‘objetividade’ da elaboração
e do uso do mapa não pode ser separada dos aspectos
políticos da representação.”
(p.10). Par Black o mapa é um modelo da realidade
e o mapeador não deve ser visto como um refletor
da realidade, mas sim como um criador, pois ele é
quem decide o que mostrar, como mostrar e também
o que omitir. O mapa cria espaços na percepção
dos usuários e, como defende Lefebvre (1992 [1974]),
a representação do espaço (dentre
elas o mapa) é um dos três elementos a
partir dos quais a sociedade produz o espaço.
Assim, ao assumir o mapa como parte do seu discurso,
o geógrafo amplia sua capacidade de produzir
o espaço.
No livro A reinvenção do espaço:
diálogos em torno da construção
do significado de uma categoria, Douglas Santos (2002)
busca as origens da concepção moderna
de espaço. Ele analisa mapas de diferentes períodos
e a sua relação com o poder. Uma de suas
conclusões do autor é que os mapas são
construções sociais e expressam a leitura
de mundo da sociedade que os elaborou, o que possibilita
ler a cosmologia dos mapeadores em diferentes períodos.
O mapa é um dos elementos utilizados pelo autor
para ler a noção de espaço em diferentes
períodos. A leitura do mapa é, segundo
o autor, uma tarefa de releitura. Douglas Santos (2002)
apresenta em seu livro o mapa 10.1, elaborado pelo Beato
de Liébana no ano de 1109. Este mapa ilustra
os comentários do monge sobre o apocalipse. Mapas
assim são conhecidos como do tipo Beatus, pois
eram elaborados pelos membros da igreja católica.
Produzido quando igreja e Estado se confundiam, a grande
finalidade deste mapa é omitir para desarticular,
mas também representar um discurso. Segundo Santos
(2002), o mapa do Beato de Liébana foi produzido
com técnicas e referências cartográficas
muito distantes das existentes no período de
sua produção, pois os gregos já
possuíam no período informações
consideráveis sobre o planeta.
Sobre
o mapa, o autor escreveu que:
O
legado grego não estava escondido dos intelectuais
da igreja católica, mas, mesmo assim, o que
se verifica é:
• Uma despreocupação quase que
absoluta em relação a qualquer referência
escalar;
• Um pretenso desconhecimento dos recortes
em relação ao Mediterrâneo.
As penínsulas, simplesmente, desapareceram;
• Um amplo conjunto de indicações
toponímicas cuja referência histórica
é desconhecida: a presença do paraíso
no extremo leste do mapa é pura conjectura;
• O relevo, relativamente bem conhecido na
época, especialmente no que se refere aos
Alpes, está representado como pura alegoria;
• A presença de mares no extremo sul
é desconhecida. Ao que parece, tal indicação
tem por fundamento a idéia de que as terras
emersas seriam completamente cercadas por águas;
• Por fim, a representação em
T-O só tem sentido se considerarmos que o
cartógrafo pressupunha ser a terra plana
e, portanto, desconsiderava o legado da tradição
grega. (SANTOS, 2002, p.34-35).

MAPA
10.1 – Mapa-mundi do tipo Beatus
Autor: Beato Liébana (1109)
Fonte: http://www.lasalle.es/bujedo/museo.htm
A igreja e o autor do mapa optaram por não utilizar
o conhecimento e recursos disponíveis na elaboração
do mapa, omitindo informação. Esta é
uma decisão política, pois a técnica
disponível possibilitava a elaboração
de mapas que fornecessem outras informações,
como a de localização. Este é um
exemplo notável da intencionalidade que os mapas
comportam.
A figura 10.1 é um exemplo de uso do mapa como
instrumento de poder e de legitimador de um território.
O mapa da “República Unida da Soja”
é parte de um anúncio publicitário
patrocinado pela empresa Syngenta(45), produtora
de insumos agrícolas e sementes. O mapa apresenta
um território que envolve regiões produtoras
de soja em cinco países da América do
Sul: Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e
Brasil. Fica evidente o caráter discursivo do
mapa como forma de exercício do poder; ele é
um território imaterial que faz parte das estratégias
de legitimação de um território
material. O que confere tanto impacto ao mapa é
a compreensão de que ele é inquestionável,
objetivo. Por isso, é necessário derrubar
esta concepção para que a leitura e a
escritura dos mapas possa ser compreendida de forma
mais ampla.
O mapa da “República da Soja” apresenta
um discurso, devemos ler em suas entrelinhas. O discurso
geopolítico apresentado é claro: nele
o capital se sobrepõe aos países e atua
de forma intimidadora aos governos. O discurso desse
mapa é a total predominância do sistema
de produção do agronegócio, sua
expansão e domínio absoluto, como se não
houvesse outras possibilidades de produção
no campo. Propõe a monocultura baseada na dependência
de sementes, insumos e implementos agrícolas,
produzidos pela empresa que encomendou o mapa. Eis um
exemplo do poder externo ao mapa sobre o qual escreveu
Harley (1989). Evia (2006) afirma que o mapa da “República
da Soja” serve aos objetivos da empresa de expandir
as suas atividades para a obtenção de
maior lucro, mas que necessita para isso de mudanças
na legislação desses países quanto
às sementes transgênicas e também
intervenção pública para a garantia
de infra-estrutura para o desenvolvimento da produção
do agronegócio.

FIGURA
10.1 – Mapa da “República Unida da
Soja”
Fonte: Evia (2006)
Como
fonte de informação, o mapa é diretamente
ligado ao poder, que está presente na sua elaboração,
posse e leitura/interpretação. A elaboração
de um mapa não é gratuita, ela se dá
a partir de uma demanda, de um objetivo definido por
seu autor. A leitura desconstrucionista do mapa é
um fundamento básico da Cartografia Geográfica
Crítica, pois rompe com a visão que relaciona
o mapa diretamente ao positivismo e desmitifica a verdade
absoluta que supostamente carrega. A teoria crítica
do mapa chama atenção para a textualidade
do mapa, sua subjetividade e retórica. Como produto
intelectual, o mapa carrega a intensionalidade do seu
autor. Desta forma, a teoria crítica do mapa
demonstra que ele é importante a todas as correntes
teóricas da Geografia e contribui para a valorização
do mapa principalmente na corrente crítica da
Geografia brasileira, pois permite a compreensão
de que o mapa é útil ao discurso e à
ação. O mapa como território, por
sua imaterialidade ligada diretamente ao material, deve
ser utilizado pela Geografia Crítica para seus
propósitos fundamentais: analisar as desigualdades
do mundo e interferir para que sejam alteradas. A teoria
crítica do mapa é o elo que une Cartografia
Geográfica e Geografia Crítica.
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seção -> Abordagens
cartográficas
NOTAS
(42)
Esta concepção é muito clara na
seguinte passagem: “A combinação
de fatores geográficos, que aparece quando se
considera determinado espaço, não é
a mesma que aquela que pode ser observada para um espaço
menor que está ‘contido’ no precedente.
Assim, por exemplo, aquilo que se pode observar no fundo
de um vale alpino e os problemas que podem ser colocados
a propósito desse espaço e das pessoas
que ai vivem, difere daquilo que se vê quando
se está sobre um dos picos e essa visão
das coisas se transforma quando se olham os Alpes de
avião, a 10.000 metros de altitude.” (LACOSTE,
2003 [1985], p.78).
(43) Na língua francesa não há
correspondência da diferenciação
entre carta e mapa, difundida no Brasil a partir da
definição do IBGE. Segundo esta diferença
a carta seria uma representação em escala
maior, por isso mais precisa, e o mapa seria uma representação
em escala menor, por isso mais generalizada. No idioma
francês o termo carte compreende o que no Brasil
é entendido como carta e também o que
é compreendido como mapa. Na versão do
trabalho de Lacoste traduzida para o português
aparece somente o termo carta. Na maioria dos trechos
do livro de Lacoste (versão em português)
em que aparece a palavra carta, percebemos que ele realmente
se refere à representação cartográfica
que aqui no Brasil seria classificada como carta. Porém,
em alguns trechos, tal como nesta citação,
a palavra carta é utilizada em um contexto que
permitiria a sua substituição pela palavra
mapa, de acordo com a classificação do
IBGE. Contudo, compreendemos que o papel atribuído
por Lacoste à representação cartográfica
independe da escala e que, na leitura de sua obra, é
necessário abandonar a divisão entre carta
e mapa. Ressaltamos ainda que, como já foi apresentado
em nota anterior, não adotamos a divisão
entre carta e mapa apresentada pelo IBGE.
(44) Enfatizamos que o autor utiliza o termo mentira
para se referir a limitações técnicas,
intencionalidades e erros.
(45) “Syngenta é uma empresa multinacional
dedicada ao desenvolvimento e produção
de insumos agrícolas e sementes. A companhia
surgiu da fusão entre outras empresas dedicadas
à produção de insumos agrícolas
e sementes tais como Novartis agribusiness y Zeneca
agroquímicos, as quais por sua vez incorporaram
empresas ou ramos delas como Ciba Geigy, Sandoz, ICI
Chenicals e Merck. Na história do desenvolvimento
de algumas dessas empregas se encontra o DDT e herbicidas
como o MCPA e o 2,4 D. As vendas durante o ano de 2002
foram de 6.197 milhões de dólares, dos
quais 661 foram faturados na América Latina.
A empresa cota nas bolsas da Suíça e Nova
York.” (EVIA, 2006, p.3). |