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"O TERRITÓRIO QUE SE PENSA E O TERRITÓRIO EM QUE SE ATUA"

Por Eliseu Saverio Sposito (UNESP/FCT/DGeo)

       O território é um conceito que, no momento, ganha grande importância nos debates teóricos no Brasil, destacando-se, de maneira geral, mais do que o espaço. Comparando-se com outras culturas, se no mundo anglo-saxônico o conceito de lugar é basilar, quando se foca França e Itália, por exemplo, estudos e debates sobre território e territorialidade compreendem aquilo que se condensa no que se denomina de abordagem territorial. Essa abordagem tem, como referencial, a necessidade de se compreender, de forma articulada, a sociedade e a natureza. No momento em que o paradigma das redes é referência para se compreender o movimento de pessoas e de mercadorias, a disseminação da informação e da desinformação, o uso do território também é fundamental para se compreender as formas e os processos de produção capitalista do espaço pelas relações de poder historicamente constituídas.Isso significa que há uma tendência em se superar as análises pela ótica setorial e de área pela leitura do território, conduzindo a sua compreensão pelas combinações de área-rede e de área-rede-lugar. Como o território é um conceito que contém melhores possibilidades de instrumentalização para a realização de pesquisas, seu estudo aponta, também, para a elaboração de políticas e projetos de desenvolvimento.

Por essas razões, o território pode ser revelado pelas transformações nas cidades por meio de vários processos, como descentralização, desconcentração, verticalização, re-arranjo de usos de bairros, fragmentação e segregação territorial, surgimento de novas centralidades e estratificação do uso do espaço urbano, transformação de espaços rurais em áreas urbanas, por exemplo, que podem ser definidas quantitativamente (número de habitantes, fluxo de automóveis, indicadores sociais e econômicos etc.) ou qualitativamente, como a qualidade de vida e o crescimento da renda per capita nessas cidades.
           O território, enfim, deve ser considerado em sua escala dialética relacional porque pode ser encarado por diferentes recortes (político, econômico, cultural, natural, sócio-ambiental, urbano, rural etc.) e como dimensão do espaço e do tempo, incorporando as relações de poder (conflitos de interesse, antagonismos culturais, formas para a apropriação da renda, etc.). Desta maneira, os conceitos se articulam e se complementam, negando-se e colocando-se como pares dialéticos uns em relação aos outros, ou seja, a relação entre espaço e território é processual e de interação, é conflituosa e de complementaridade, é material e imaterial, é singular e multidimensional, é movimento e inércia.

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“A Geografia serve, antes de mais nada, para fazer a guerra.” Yves Lacoste

Servirá para construir a paz?

 

Por Regina Helena Penati Cardoso Ferreira

Desde que Lacoste desnudou nossa história ao lado das guerras, temos procurado reconstruir nossa trajetória ao lado dos que buscam a paz.

 O espaço escolar é uma das possibilidades que temos de realizarmos a disputa em torno de um novo projeto de sociedade. É assim, um território a ser disputado por uma Geografia e por geógrafos que pretendam fazer do conhecimento geográfico um instrumento a favor da construção de um mundo mais solidário e democrático.

 

A sala de aula e a própria escola pública atual embora sejam espaços conflituosos, fruto, em parte, das relações sociais desiguais que se estabelecem na sociedade atual, são também, dialeticamente, possibilidades de mudança. E é nessa perspectiva que devemos nos concentrar.

 

Por isso, na semana em que os geógrafos são convidados a refletir sobre as possibilidades do conhecimento geográfico como um dos instrumentos para a construção dessa nova sociedade, nada mais apropriado e necessário do que discutir o trabalho do geógrafo na escola.

 

E compreendendo que nenhuma dessas ações é possível apenas no plano individual, julgamos necessário criar e fortalecer os espaços coletivos que permitam uma aproximação solidária entre os que praticam Geografia nos diferentes territórios.

 

Assim, a IX Semana de Geografia e o V Encontro da Licenciatura da  FCT/UNESP  vem convidar, você professor e estudante de licenciatura em geografia, a socializar sua experiência na construção cotidiana da Escola Pública a partir de sua simples presença ou como participante em nossos espaços de diálogos através dos relatos de experiências e planos de aula.

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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